Construtech: inovações e tendências da construção civil
Prepare-se para descobrir a revolução que está transformando a construção civil! Com o avanço das tecnologias digitais, a eficiência e a segurança tomam conta de todos os setores da economia. Mas há um campo em que a inovação brilha com ainda mais intensidade: as soluções construtechs. Imagine canteiros de obras modernos, onde acidentes de trabalho são reduzidos, e os resultados se tornam surpreendentes?
Neste artigo, mergulharemos nesse universo de possibilidades, neste post vamos falar sobre a construtech: uma inovação que já está oferecendo bons frutos. Essa não é apenas uma solução dedicada puramente aos aspectos de segurança — ela é bem mais abrangente, permitindo otimizar os serviços no canteiro de obras.
Sem mais delongas, continue a leitura e confira o que é construtech, quais são as suas principais tendências e os seus diferenciais!
O que é uma construtech?
Trata-se de uma startup, cujo objetivo é suprir as demandas da construção civil — seja no canteiro de obras ou fora dele. Essas empresas se propõem a deixar a construção civil mais moderna, conferindo mais produtividade e economia, além de promover uma gestão mais eficiente e segura.
Algumas construtoras — já consolidadas no país — notaram que esse tipo de negócio apresenta muito potencial, podendo ser um bom aliado. Dessa forma, apoiam e patrocinam a inovação.
Quais são os diferenciais das construtechs?
Para compreender melhor as suas características, é importante identificar as diferenças com outras startups que trabalham na construção civil. Como as proptechs, que são focadas em produtos e serviços para o mercado imobiliário (property), considerando a venda, a locação ou o crédito.
Já as construtechs, por sua vez, atuam na atividade especificamente da construção — ou seja, elas destinam seus esforços ao canteiro de obras. Dessa forma, os dois tipos de startups podem atuar juntos para o mesmo público, mas em momentos diferentes.
Uma startup de construção civil procura solucionar os problemas de determinadas empresas, como construtoras, mineradoras, indústrias de materiais, empreiteiras, empresas de arquitetura, imobiliárias e, até mesmo, instituições governamentais.
A startup de construção civil também resolve conflitos dos consumidores que compram, alugam e administram imóveis, facilitando o trabalho dos profissionais que atuam nessas áreas e gerando benefícios à obra final.
Quais são as principais construtechs brasileiras?
Boa parte dessas organizações trabalham com foco no mercado B2B, fazendo parcerias com grandes empresas. A seguir, veja algumas startups brasileiras nesse segmento!
CrediHome
É uma startup de crédito que presta atendimento à cadeia imobiliária, integrando bancos com operadores que buscam crédito para construir, reformar, decorar e comprar.
Ambar
É uma construtech que desenvolveu um sistema operacional para as obras. Ela dispõe de espaços digitais para elaborar projetos, planejar, comprar materiais e gerenciar a obra.
Dataland
A Dataland utiliza Inteligência Artificial e análise de dados para tornar os estudos de viabilidade de incorporações mais ágeis. De posse de informações valiosas, a empresa pode mensurar o potencial de construção e compreender quais são os melhores locais para a compra de terrenos.
Facilitat
A Facilitat foca na fase de pós-obra, quando digitaliza os manuais de instrução dos imóveis e da administração de manutenção dos edifícios.
Quais são as perspectivas e tendências das construtechs no mercado?
O mercado mundial de construção civil está avaliado, segundo registra o relatório da International Marsh (empresa especializada em consultoria), em US$ 10,7 trilhões. Desse total, US$ 5,7 trilhões são de países emergentes.
Entre os anos de 2020 e 2030, a construção civil vai ocupar a primeira posição no crescimento econômico do mundo. A média de crescimento nesse período é de 4,4% ao ano, e a urbanização é o fator que estimula esse expressivo crescimento: até 2050, as cidades receberão 2,5 bilhões de moradores, o que vai exigir novas edificações e infraestruturas.
As startups de construção civil estão entre as indústrias que mais se destacam desde 2018. A Construtech Ventures, empresa pioneira em apoiar startups no setor, busca estimular o surgimento de novas empresas, a partir da identificação de conflitos, da concepção de projetos, da montagem de equipes e de investimentos financeiros, para que o negócio seja escalável.
Essas startups já oferecem tecnologias e serviços em diferentes áreas:
- gestão do canteiro de obra;
- aluguel de equipamentos;
- compra e venda de imóveis;
- contratação de mão de obra;
- gestão de resíduos;
- orçamento de obra;
- segurança do trabalho;
- reformas e decoração de interiores;
- maquetes interativas e modelos 3D imersivos;
- prospecção de terrenos e lotes.
Para quem se dispõe a implementar soluções para a construção civil, as possibilidades de inovação são inúmeras. Como são relativamente novas no mercado, quem procura startups não encontra players ou concorrentes relevantes que dominam esse mercado.
Ao todo, o Brasil tinha 955 construtechs e proptechs em 2022, seguindo o mapa da Terracota Ventures. O número é quase 14% maior que o de 2021 — mais que o triplo dos negócios, em comparação aos anos de 2020 e 2021.
Gradualmente, o setor de construção civil começa um avanço tecnológico que está melhorando a produtividade e a qualidade dos bens, além de despertar o interesse de um número relevante de investidores brasileiros e estrangeiros.
Quais são os desafios das construtechs no Brasil?
Os desafios são tantos quanto as boas perspectivas dessas organizações no país. Implementar a digitalização em um setor que dedica muita atenção ao espaço físico gera alguns conflitos. Esses problemas podem envolver desde o treinamento de pessoas até a compreensão de executivos de alta posição a respeito dos sistemas.
Outro ponto que deve ser considerado é o período de teste mais curto — trata-se do chamado “teste e erro” das startups. Esse período menor, conflita com o setor de construção civil, pois o capital precisa ser alocado com mais assertividade e em maior quantidade. Da mesma forma, é necessário um conhecimento mais profundo e abrangente para ser colocado em prática.
Existem também obstáculos para que essas startups alcancem o consumidor final, pois é importante contar com uma boa estrutura, para ofertar preços mais competitivos. Uma maneira de superar esse desafio é a união entre construtoras de grande porte e construtechs por meio de aquisições ou fusões. Boas parcerias também podem acelerar o processo de crescimento das startups.
Felizmente, o mercado nacional já vem adotando essas soluções. Porém, a construção civil ainda não incorporou recursos tecnológicos na mesma proporção que outros setores, como serviços e comércio. Por isso, os canteiros de obras ainda apresentam equipamentos de baixa produtividade, conexão deficiente com os escritórios e processos que são registrados manualmente — ou seja, usando caneta e papel. Este é apenas um dos exemplos que acontece…
A finalidade das construtechs é alterar esse cenário: elas têm o potencial de deixar a construção muito mais modernizada, a partir de ferramentas digitais avançadas e baseadas em conceitos como nanotecnologia, IA, Realidade Aumentada e 3D.
Neste post, esboçamos um panorama das construtechs no Brasil, explicando em que consiste essa categoria empresarial e como ela se diferencia de outras startups do setor — a proptech. Falamos, também, sobre as suas principais caraterísticas, como ela pode impulsionar a construção civil, as tendências e os desafios que vem enfrentando.
A partir desse conhecimento, você já pode se posicionar sobre o tema e aproveitar os benefícios que parcerias com esse tipo de startup podem proporcionar aos negócios. Afinal, adotar práticas de sustentabilidade já não é mais um diferencial, mas uma necessidade para as empresas de qualquer setor!
Depois de conhecer melhor as inovações tecnológicas que estão beneficiando, principalmente, as atividades e a segurança no canteiro de obras, aproveite para aprofundar seus conhecimentos sobre gestão de obras com foco sustentável!
